As algemas e a tutela da informação moderna/Estado e sociedade
Vivenciamos nos dias de atuais toda sorte de interferência as manifestações de liberdade e do contraditório, estamos reféns de organismos regulatórios, com diferentes e complementares construções, até a explanação de heranças conservadoras e paternalistas do período ditatorial no conjunto da formulação cultural da sociedade acerca das normas dos códigos reguladores.
A intervenção do Estado na Comunicação se constitui em flagrante ofensa a liberdade, ao contraditório, acinzenta o universo do jornalismo tradicional e fraciona a informação de massa. Um ultraje que se traduz na divulgação facetada dos fatos noticiosos, onde não faltam excessos de sensacionalismo e total ausência de qualidade. No conjunto da obra, temos aqui uma gritante, senão violenta forma de enganar a comunidade, eis que fatos noticiados precisam soberbamente de total seriedade e comprometimento com o interlocutor.
Não se deve olvidar quanto o inventor da “prensa”, o alemão Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg contribui soberbamente para a prospecção da comunicação de massa. Foi a partir da publicação de um exemplar da Bíblia de 42 alinhas (1455), que surgiu o marco inicial para os dias de hoje. Pesquisador da origem da escrita e da comunicação, visitei a Feira de demonstrações e inovações nas áreas do desenho gráfico, da impressão digital, da publicação e da conversão de texto, evento realizado anualmente nos Estados Unidos, denominado “Festival de Gutenberg”.
Apesar do panorama de incidentes que envolvem a mídia atual, Johannes Gutemberg, estaria arrependido de seu invento, na mesma linha de culpa do físico Robert Oppenheimer, pai da bomba atômica, ou Berthold Schwarz o primeiro a usar a pólvora negra como propelente das armas de fogo. (1340/ 1344)? A natureza dos homens não se mede a partir de seus eventos e sim dos seus atuais precursores, ou seja: o que fazem uso indiscriminado e para fins criminosos, a exemplo do holocausto comandado pelo ditador nazista Adolph Hitler. Que usou de sua insanidade e ideologia, toda sorte de praticas que merecem total repúdio.
Tenho asseverado que a Suprema Corte Brasileira, em nada vem contribuindo para a democratização dos meios de comunicações, eis que a exemplo de outros poderes a quer tutelada.
Venho pontuando o quanto é importante manter a nível cultural. A seriedade e a lisura na divulgação de noticias, elaboração de textos informativos, “Asseguro que não é de boa saúde jornalística, a banalização da informação. Em que pese os vídeos e as notas curtas publicadas nas redes sociais, estarem condicionadas a pouco espaço, esse resumo deve ser esmerado e pactuado com os princípios, da ampla defesa, o contraditório e o respeito à dignidade humana. Sem esses requisitos, refuto sejam as publicações indignas de serem apreciadas”.
O uso astronômico de celulares, estimados em 6 bilhões de usuários, (prevendo 7,7 bilhões em 2026) com postagens em massa a cada três segundos, podem e fazem impulsionar a informação, que após séculos quebrou o monopólio da mídia dos grandes grupos de comunicações, onde toda sorte de informações, derivam de redações tuteladas, com viés político e produzidos a “vontade do cliente”. Mentem “descaradamente”, sobre resultados de pesquisas eleitorais, comerciais de bens de consumo, alimentos e remédios, influenciam crianças, jovens, idosos, praticam toda sorte de desinformações, desde que atenda aos seus objetivos de controle da informação, temas cerne desta matéria.
A política em nada vem contribuindo para ordenar e apoiar uma gestão jornalística dentro do padrão aceitável. O poder público, legislativo e judiciário, confunde apoiar, em controlar. Por que esses senhores querem uma mídia sob controle? Acreditam que possam governar e comandar a população a partir de normas de censura? Bem lembrado, nem a força das armas, conseguiu ao longo da história barrar a vontade popular, desejo esse que é de liberdade, e livre manifestação. Tenho asseverado que a Suprema Corte Brasileira, em nada vem contribuindo para a democratização dos meios de comunicações, eis que a exemplo de outros poderes a quer tutelada.
No conturbado governo do ex-presidente Jango Goulart (1961-1964) o caudilho sofreu 52 vetos à Lei n. 4.117, com a qual pretendia estabelecer como Código Brasileiro de Telecomunicações. A semente maléfica vingou e hoje temos um mecanismo utilizado pelo grupo interventor plantonista do Estado, cujo reflexo se viu no engodo de debates sobre a TV Digital no Brasil, a Lei de Proteção de Dados (LPGPD), o Direito de Resposta, a Lei do Desacato entre outras medidas restritivas a liberdade de informação. Em suma: “elogiar pode, criticar jamais!”
Por: Roberto Monteiro Pinho/Núcleo: ANIBRPress/Imagem: Internet.
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