Ataques de Rackers aumentaram 40% em 2021
Relatório da Check Point Research (CPR) aponta que o número médio de ataques de hackers em geral por semana no mundo às organizações aumentou 40% em 2021 em comparação com 2020. No Brasil, o aumento foi superior com uma média semanal de 967 ataques e um crescimento de 62%. Os setores que estão enfrentando os maiores volumes de ciberataques são educação e pesquisa com uma média de 1.468 ataques por organização a cada semana (aumento de 60% a partir de 2020), seguido pelo governo/militar com 1.082 (aumento de 40%) e pelo setor da saúde com 752 (aumento de 55%).
Globalmente, após uma ligeira diminuição nas semanas anteriores a março de 2020, a partir daquele mês houve um aumento significativo no número médio de ataques semanais a cada organização ao longo dos meses seguintes, incluindo este ano. Em setembro de 2021, o número médio de ciberataques semanais em cada organização atingiu globalmente seu pico com mais de 870 ataques. Isso é mais do que o dobro do número de ataques em março de 2020.
América do Norte enfrentaram os maiores aumentos em ataques cibernéticos entre 2020 e 2021. Já as organizações na África experimentaram o maior volume de ataques até agora em 2021, com uma média de 1.615 ataques semanais por organização (aumento de 15% em relação a 2020). Em seguida está a região da Ásia-Pacífico com uma média de 1.299 ataques semanais por organização (aumento de 20%), logo após estão as regiões da América Latina com uma média de 1.117 ataques semanais (aumento de 37%), Europa com 665 (aumento de 65%) e América do Norte com 497 (aumento de 57%).
61 empresas foram afetadas por ransomware
Além disso, o levantamento observou que os ataques semanais de ransomware a empresas brasileiras aumentaram 8% em 2021, em comparação com 2020. A CPR também constatou que globalmente em 2021, em média, uma em cada 61 empresas foi afetada por ransomware semanalmente, um aumento de 9% em relação a 2020.
Para o presidente da Associação Nacional e Internacional de Imprensa - ANI Roberto Monteiro Pinho, os provedores de internet estão na linha de frente quanto aos danos que atingem seus clientes. Ele assinala que na pratica não existe nenhum dispositivo capaz de inibir esses ataques. “Em novembro de 2020 o STJ (Superior Tribunal de Justiça), teve seus sistemas eletrônicos do tribunal foram vítimas de um ataque inédito a órgãos públicos brasileiros e todo o acervo do tribunal, incluindo inúmeros acórdãos, jurisprudências e volumes digitais de milhões de processos estão criptografados por um seqüestrador”.
“È necessário uma política baseada na governança e por respostas previsíveis e planejadas a cada tipo de ataque e o uso de ferramentas e soluções tecnológicas, mas o principal pilar desse plano são as pessoas", explicou o dirigente
O setor de ISP / MSP (Internet Service Providers / Managed Service Providers) é o setor mais atacado por ransomware neste ano. O número médio semanal de organizações impactadas neste setor em 2021 é de uma em cada 36 (aumento de 32% a partir de 2020). O setor de saúde está em segundo lugar, com uma em cada 44 organizações impactadas (aumento de 39%), seguido por fornecedores de software em terceiro lugar, com um em cada 52 organizações (aumento de 21%).
América Latina
Em relação aos ataques por ransomware nas regiões geográficas, Ásia-Pacífico apresentou o maior volume de tentativas deste tipo de ataque com uma em cada 34 organizações sendo afetadas semanalmente em 2021; isso é uma redução de 10% em comparação com 2020. Em seguida está a África com uma em cada 48 organizações sendo afetadas (7% redução) e América Latina, em terceiro lugar, com uma em cada 57 organizações (aumento de 6%).
Com relação aos malwares, o tipo que mais afetou as organizações no mundo foi o botnet, com uma média de mais de 8% das organizações sendo afetadas semanalmente (uma redução de 9% em relação a 2020); seguido pelo malware bancário com 4,6% (um aumento de 26%) e criptomineradores com 4,2% (uma redução de 22%).
Núcleo: ANIBRPress/Imagem: Kadima Cyber
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